terça-feira, 13 de abril de 2010

REFORMAS



Pode ser politicamente correcto alguns partidos defenderem o aumento das reformas, afirmando que estão a defender quem trabalhou por este país. Esquecem-se que todos trabalham por este país (à excepção daqueles que vivem de subsídios e não dão retorno algum, pelo dinheiro que recebem). E esquecem-se de que os cidadãos que sustentam actualmente a Segurança Social, podem ver, num futuro não muito longínquo, as suas reformas serem reduzidas a poeira. Se tais cidadãos trabalharam por este país, muitos nunca descontaram nada para a Segurança Social.

Deveriam, tais políticos, defender, isso sim, a responsabilização dos descendentes pelos seus próprios pais, ainda que o estado disponibilizasse algum subsídio às famílias. E isso seria bom, sobre muitos aspectos – vale a pena falar deles? Nomeadamente o alívio da despesa do Estado; o apoio assegurado aos idosos; o impagável contacto dos avós com os netos…

Pelo contrário, criou-se uma política de desmembramento familiar, de afastamento de responsabilidades legalmente assegurado, do livrarem-se do “estorvo que são os idosos”. Hoje, claro, abandonar este mau hábito custa muito a aceitar.

Primeiro erro da Segurança Social foi, dar reformas a quem nunca descontou; tendo ainda uma família de apoio. O segundo é, manter uma equipa de funcionários bem pagos e no excessivo conforto dos seus gabinetes. O terceiro é estar a pagar chorudas reformas, por vezes múltiplas, a quem já não tem força para gastar o dinheiro. Quarto: De tanto bom economista que teve aos seus serviços, nunca ter tido nenhum que soubesse fazer as contas tão bem, que garantisse em depósito na hora da reforma, pelo menos o dinheiro que equivalesse no futuro, ao vencimento de cada cidadão.

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